Dez Passos para a Implementação dos Códigos de Barras

Passo 1: Obter um Prefixo de Empresa GS1

Os números que vão dentro do código de barras devem ser criados pela empresa antes de serem usados. Para obter um Prefixo de Empresa GS1, entre em contato com a GS1 Brasil.

Passo 2: Atribuir os Números para os Produtos

Após receber um Prefixo de Empresa GS1, a empresa está pronta para atribuir os números de identificação para os seus itens comerciais (produtos e serviços), localizações, unidades logísticas, ativos individuais de empresa, ativos retornáveis (paletes, barriletes e tubos retornáveis), relações de serviço e para eles mesmos (como uma entidade legal). Leia os passos abaixo para iniciar a codificação de seus produtos.

Passo 2.1 – Criando o código para o produto

Na sua carta de licenciamento existe um número, que é o seu prefixo de empresa GS1. Com ele você poderá compor o número de identificação de seus produtos, ou GTIN (Número Global de Item Comercial).

Exemplo:

Se uma empresa comercializa massas, e recebeu o prefixo de empresa GS1 789835741, ela tem a possibilidade de codificar seus itens de:

destaque ef etiquetas implementação código de barras

 

 

Ou seja, terá a capacidade de codificação de 999 produtos diferentes (de 001 a 999).

Leia sua carta de licenciamento para confirmar o prefixo recebido e sua capacidade de numeração.

Exemplo:

destaque ef etiquetas implementação código de barras

 

 

 

Para codificar seus produtos, os dígitos deverão ser atribuídos de forma seqüencial e crescente, diferenciando cada produto, conforme suas características (modelo, cor, tamanho, peso, fragrância, etc.).

A atribuição dos números de identificação (GTIN) deve ocorrer como no seguinte exemplo:

destaque ef etiquetas implementação código de barras

 

 

 

 

 

 

Atenção: O Dígito Verificador não é um número aleatório, e não faz parte da seqüência de cálculo algorítmico, que pode ser feito utilizando o programa SGN – ferramenta disponibilizada pela GS1 Brasil, que possibilita o gerenciamento de seus números.

Passo 2.2 – Gerando a lista de produtos com numerações exclusivas

Utilize o programa SGN (Sistema de Gerenciamento de Números). Ele gera a lista de códigos, já com o dígito verificador calculado.

Para utilizá-lo, siga as seguintes etapas:

– Acesse o Centro de Serviços: www.gs1brasil.org.br;

– Clique em “Serviços On-line”;

– Clique em “SGN”;

– Baixe o setup do SGN;

– Instale o SGN;

– Cadastre sua empresa;

– Gere a lista de produtos.

destaque ef etiquetas implementação código de barras

 

 

 

 

 

 

 

 

 

OBS: É possível imprimir a lista de produtos de sua empresa e enviá-la ao seu cliente. Esta ação garante que ele conheça todos os seus produtos, os números que os identificam e a descrição de cada um deles.

Passo 3: Produzir e aplicar o código de barras adequado
Regras Básicas para implantação do Código de Barras nas embalagens

Para implantação do código de barras nos produtos, fique atento a algumas regras básicas que tratam da localização e da posição do código, das margens de silêncio, da magnitude, do truncamento (altura do código) e das cores.

destaque ef etiquetas implementação código de barras

 

 

 

 

 

 

 

Geração dos códigos de barras

Os códigos de barras podem ser gerados e aplicados nas embalagens de diferentes maneiras:

1) Por meio de etiquetas de código de barras, com duas opções:

a. Produzi-lo internamente utilizando softwares e impressora de código de barras;

b. Contratar os serviços de uma gráfica para impressão das etiquetas.

2) Aplicá-los diretamente na embalagem ou rótulos de produtos, utilizando os serviços de uma gráfica.

A GS1 Brasil não fornece ou comercializa equipamentos ou softwares para Automação. Consulte o “Guia de Parceiros GS1 Brasil””, onde há uma lista de fornecedores para pesquisa.

Passo 4: Escolher e Determinar o Ambiente onde o código será lido

As regras para o tipo, o tamanho, o posicionamento e a qualidade do código de barras dependem do ambiente onde o código de barras será lido.

Existem quatro cenários básicos de ambiente de leitura por scanner para itens comerciais:

1 – Embalagem do produto lida por scanner no ponto de venda (PDV) varejista

Para escolher o código de barras adequado para cada embalagem, deve-se visualizar o tipo de item comercial (Item de consumo, caixa contendo uma determinada quantidade de produtos etc.).

O código de barras destinado ao produto que vai para a gôndola, no varejo, é o EAN-13.

2 – Embalagem do produto lida por scanner em um armazém (distribuição geral)

3 – Embalagem do produto lida por scanner no ponto de venda, mas lida também no armazém

4 – Ambientes especiais, como: linha de produção da Indústria, hospitais, etc.

Após escolher onde o código de barras será lido, é possível estabelecer as especificações corretas para sua produção. Por exemplo, se uma embalagem de produto é lida por scanner em Ponto de Venda (PDV) e em um armazém, você precisará usar um código EAN/UPC para ajustar-se ao PDV, mas imprima-o em tamanho grande para comportar a leitura por scanner do armazém e assegure que a colocação irá atender aos requisitos de leitura para os dois ambientes.

Passo 5: Escolher o tipo de Código de Barras

Selecionar o código correto é fundamental para o sucesso da implementação, por isso aqui estão algumas dicas:

– Caso você codifique um item comercial que será lido por um scanner no ponto de venda varejista, é necessário que use os códigos EAN/UPC (EAN-13. UPC-12 e EAN-8).

– Caso esteja imprimindo um código de barras com informação variável, como números de série, datas de durabilidade máxima ou medidas, você usará o GS1-128, GS1 DataBar(RSS) ou, em casos especiais, simbologias compostas ou Data Matrix.

– Caso queira imprimir apenas um código de barras GTIN (Número Global de um Item Comercial) em papelão ondulado, o código ITF-14 pode ser a solução.

Passo 6: Escolher o Tamanho do Código de Barras
Após a especificação do código de barras correto, juntamente com a informação que será codificada nele, começa a etapa de criação. O tamanho do código dentro da embalagem dependerá do código especificado, de onde o código será usado e de como ele será impresso.

Códigos EAN/UPC
Os códigos EAN/UPC (EAN-13, UPC-12 e EAN-8) são os únicos lidos por scanners omnidirecionais utilizados no varejo¹. Isso significa que os códigos EAN/UPC têm uma relação fixa entre a ALTURA E A LARGURA. Quando uma dimensão é modificada, a outra também deve ser alterada na mesma proporção.

Por causa dessa relação, os Códigos de Barras EAN/UPC possuem uma altura e uma largura nominais especificadas. Também é especificada uma faixa de tamanhos “fatores de magnitude” possíveis que vão de 80% a 200% do tamanho nominal (100%), a tabela de magnitudes é disponibilizada no Manual do Usuário (Lista matérias). As magnitudes mínima, nominal e máxima são mostradas abaixo.

Magnitude EAN/UPC

destaque ef etiquetas implementação código de barras

 

 

 

 

 

Para reduzir o espaço que os códigos EAN/UPC ocupam em uma embalagem, muitas empresas reduzem a altura do código. Esse processo, denominado TRUNCAMENTO, não é permitido pelas regras da Simbologia EAN/UPC e deve ser evitado.

Quando os códigos EAN/UPC são utilizados em operações logísticas e em Pontos de Venda ao mesmo tempo, a faixa de magnitude permitida está limitada a um parâmetro entre 150% e 200%.

Códigos ITF-14 e GS1-128

Os códios ITF-14 e GS1-128 também têm uma faixa de tamanhos especificados. Em vez de valores de magnitude, os tamanhos dos códigos ITF-14 e GS1-128 são freqüentemente especificados pela largura da Dimensão-X. Para obter informações sobre os tamanhos para os códigos ITF-14 e GS1-128, consulte a GS1 Brasil ou o Manual do Usuário.

Considerações sobre o Processo de Impressão

A consideração mais importante que se pode fazer sobre o tamanho do código é a capacidade do processo de impressão escolhido. O tamanho mínimo (magnitude) e a correta aplicação do BWR (Bar Width Reduction – Redução da Largura da Barra) varia de acordo com o processo de impressão e de impressora para impressora. As empresas de impressão devem estabelecer um tamanho mínimo para o código (magnitude) e um BWR para atingir resultados de qualidade aceitáveis.

¹Os códigos ITF-14 e UCC/EAN-128 não são lidos nos PDVs dos varejos.

Passo 7: Formatar o Texto Humano-legível do Código de Barras

O texto (humano-legível) sob um código de barras é importante, pois se o código de barras não for lido, o texto pode ser usado para digitação.

A melhor forma de solucionar as questões sobre a Interpretação Humano-Legível do Código de Barras é responder a algumas das perguntas mais freqüentes.

A Interpretação Humano-Legível só é possível a partir de um determinado tamanho?

Originalmente, a fonte especificada para ser usada com os códigos EAN/UPC era a OCR-B. No entanto, atualmente as especificações do Sistema GS1 permitem que se use qualquer fonte desde que seja perfeitamente legível.

O texto Humano-Legível para os códigos ITF-14 e GS1-128 deve ser completamente legível e em um tamanho proporcional ao tamanho do código conforme as regras do Sistema GS1.

O texto de Interpretação Humano-Legível deve ser impresso acima ou abaixo do código?

Depende do código que está sendo utilizado. Para códigos EAN/UPC, consulte a GS1 Brasil. Para códigos ITF-14 e GS1-128, o texto pode ser impresso acima ou abaixo do código conforme as regras do Sistema GS1.

Posso usar espaços entre os caracteres do texto?

Sim, inclusive porque os códigos EAN/UPC especificam um espaçamento conforme os desenhos situados na pergunta acima. Muitas empresas especificam um espaçamento entre os caracteres para a Interpretação Humano-Legível dos códigos ITF-14 e UCC/EAN-128, o que facilita a leitura, a memorização e a digitação do texto. Embora a inclusão de espaços seja perfeitamente apropriada para a Interpretação Humano-Legível, esses espaços não devem ser codificados nos códigos (barras) ITF-14 ou GS1-128.

São utilizados parênteses nos AIs – Application Identifiers (Identificadores de Aplicação) no código GS1-128. Eles realmente devem ser empregados? Eles são codificados nas barras e nos espaços do código?

Todos os AIs devem estar entre parênteses na Interpretação Humano-Legível, mas os parênteses não devem ser codificados nas barras.

Quantos dígitos devem ser impressos abaixo do código EAN/UPC no texto Humano-Legível?

– 12 dígitos no código UPC-A

– 13 dígitos no código EAN-13

– 8 dígitos no código UPC-E e EAN-8.

Passo 8: Escolher uma Cor para o Código de Barras

A melhor combinação de cores para um código de barras é composta por barras pretas com fundo branco (espaços e Margens de Silêncio). Se houver opção por outras cores, as orientações abaixo poderão ajudar na escolha das mais adequadas:

– As cores das barras devem ser escuras (por exemplo, preto, azul escuro, marrom escuro ou verde escuro).

– As cores de fundo precisam ser claras para os espaços e as margens de silêncio (por exemplo, branco).

– Além de cores claras, é possível usar as seguintes cores como fundo: vermelho, laranja, rosa, pêssego e amarelo claro.

– Em muitos casos, o fundo do código não é impresso, sendo utilizada a cor do substrato. Se a cor de fundo for impressa sob as barras, as cores usadas devem ser firmes.

– Se forem usadas várias camadas de tinta para aumentar a opacidade do fundo, cada camada deve ser impressa como uma parte sólida.

– Se for usada uma tela fina para liberar mais tinta no substrato, certifique-se de que não haja falhas na impressão causadas pela tela que não tenha sido adequadamente preenchida.

Novamente, escolher barras pretas e espaços brancos é a melhor combinação. Para mais orientações, consulte a GS1 Brasil.

Passo 9: Escolher a Localização do Código de Barras

Para definirmos a localização do código é preciso considerar todo o projeto. E essa localização depende do processo de embalagem. Certifique-se junto ao setor de embalagens de que o código não será ocultado nem danificado (por exemplo, em um canto da caixa de papelão, embaixo da dobra da caixa, embaixo da aba de uma embalagem ou coberto por camadas de embalagens). Para determinar a localização adequada para códigos de barras GS1, consulte a GS1 Brasil.

Após a definição do local apropriado, a gráfica deve ser consultada antes de se atribuir a rotação para o código. Isto é necessário porque em muitos processos os códigos são impressos segundo uma orientação específica.

Ao utilizar a impressão flexográfica, se possível, as barras devem ser processadas paralelamente à impressão de direção da web ou na orientação “alinhada”. Se as barras tiverem de ser processadas de modo perpendicular à direção da impressora ou na orientação “escalonada”, tente evitar a distorção do código pela circunferência do rolo da chapa.

Se forem utilizados processos de impressão, como a serigrafia ou a rotogravura, o código deverá ser alinhado paralelamente à estrutura da célula no cilindro da chapa da tela ou da gravura para que a ponta da barra seja a mais lisa possível.

Passo 10: Criar um Plano de Qualidade para o Código de Barras

A GS1 utiliza o método ISO/IEC 15416 para a avaliação da qualidade do código de barras, porém também especifica regras de aplicação.

Os associados da GS1 BRASIL podem executar seus próprios controles de qualidade na produção de código de barras, porém, a GS1 Brasil oferece o serviço de avaliação da qualidade do código de barras, portanto recomenda-se, que antes de imprimir o código de barras em grandes quantidades, seja na embalagem do produto ou em etiquetas, enviem amostras do código impresso para a avaliação. Este procedimento garantirá que a empresa não tenha problemas com leitura de seus códigos no mercado varejista/atacadista.

Durante o processo de impressão do código de barras, seja em etiqueta ou diretamente na embalagem ou rótulo, encaminhe amostras da prova da impressão do código de barras para:

GS1 Brasil

Rua Dr. Renato Paes de Barros, 1.017 – 14º andar 04530-001 – São Paulo – SP, aos cuidados do Laboratório Técnico, e receba laudos de análise da qualidade do código de barras dessas amostras em até oito horas úteis. Não se esqueça de informar seu nome, nome da empresa, endereço para correspondência, telefone e e-mail. Siga corretamente as dicas de implantação do código de barras.

Aprenda mais sobre como aplicar corretamente o código de barras !!! Participe do curso Introdução ao Código de Barras e à Identificação, ou sua versão e-learning Identificação Eficiente de Produtos com o Sistema GS1. Para detalhamento de todas as etapas, consulte o Manual do Usuário do Sistema GS1, na Biblioteca Virtual do Centro de Serviços.

Destaques